No passado sábado, inaugurámos a "CAUDA" na Galeria da MUNDANO.
Uma exposição com trabalhos originais de Laetitia Catherine Morais e que podem ser vistos até dia 22 de Julho.
"CAUDA propõe um desdobramento espacial, desviando ou ocultando os seus limites e contornos. Enuncia-se assim um distúrbio, que remete quer para dinâmicas de movimento, demarcadas por linhas diagonais, quer pela inércia em peças que se aparentam negligentes, singelas e motivadas à horizontalidade.
Será nesta CAUDA, neste rasto de um objecto passante, que a nossa percepção coaduna o conhecimento científico com o metafísico. Alude-se assim à passagem, à passagem por exemplo de um cometa, objecto a longa-distância, intangível e em movimento. O desejo é o de fixá-lo, conhecê-lo, mas a sua existência fragmentada resulta numa colectiva manifestação de incerteza, evocando a premonição, historicamente celebrada - possível tangência entre ficção e ciência, entre ilusório e manifesto.
Neste sentido, esta exposição exalta formas transitórias, estados e materiais que se relacionam entre si, aludindo ao desvio como método para a aquisição de um conhecimento a devir. Pára-brisas e olhos semicerrados que prevêem raios solares, e registos ocultados por outros que se lhes sobrepõem, questionam a estética da era tecno, de formas dinâmicas e cores vibrantes, em combinação com o rasto preguiçoso e descomprometido, a ondulação como reflexo de uma tendência cultural ambivalente e de um presságio de um futuro incerto."
Será nesta CAUDA, neste rasto de um objecto passante, que a nossa percepção coaduna o conhecimento científico com o metafísico. Alude-se assim à passagem, à passagem por exemplo de um cometa, objecto a longa-distância, intangível e em movimento. O desejo é o de fixá-lo, conhecê-lo, mas a sua existência fragmentada resulta numa colectiva manifestação de incerteza, evocando a premonição, historicamente celebrada - possível tangência entre ficção e ciência, entre ilusório e manifesto.
Neste sentido, esta exposição exalta formas transitórias, estados e materiais que se relacionam entre si, aludindo ao desvio como método para a aquisição de um conhecimento a devir. Pára-brisas e olhos semicerrados que prevêem raios solares, e registos ocultados por outros que se lhes sobrepõem, questionam a estética da era tecno, de formas dinâmicas e cores vibrantes, em combinação com o rasto preguiçoso e descomprometido, a ondulação como reflexo de uma tendência cultural ambivalente e de um presságio de um futuro incerto."
Laetitia Catherine Morais (n.1984, Paris)
Licenciada em Artes Plásticas – Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (2006). Actual doutoranda em Filosofia de Arte na ZHDK – Zurique em parceria com a Faculdade de Artes de Linz. Docente desde 2008, nas licenciaturas em Arte e Design e em Comunicação e em Comunicação e Design Multimédia na Escola Superior de Educação de Coimbra.
O seu trabalho artístico enuncia questões predominantemente relacionadas com o movimento, a inércia, o sono e a distância. Recorre a variados suportes e materiais, e por norma, expõe em relação com o espaço (Site-specific)
Apresentou trabalhos em galerias e eventos dos quais se salientam Galeria Faticart, Roma; General Public, Berlim; Rewire, Haia; Peacock Art Centre, Aberdeen; Elbphilharmonie, Hamburgo; Storung, Barcelona; Cynetart, Dresden; EME, Palmela; Mózg, Bydgoszcz; Galeria Fábrica Features, Lisboa; Kino Šiška, Ljubljana e EI, Nova Iorque.
Obteve a bolsa Ernesto de Sousa em 2011 pela FLAD e Fundação Calouste Gulbenkian para produção do seu projecto “Missing for ten years” apresentado na Experimental Intermedia Foundation, em Nova Iorque.
Tem vindo a colaborar com músicos e outros artistas, de quem são exemplo: Paulo T. Silva; Diana Carvalho; Zavoloka; OVAL; Vitor Joaquim e Sensible Soccers.
E trabalhou ainda enquanto criativa para projectos televisivos e teatrais (ex. RTP, Abre-te Césamo Produções e Marionet)
A visitar na Rua de Santos Pousada, 668 na famosa cidade do Porto.
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